Por Cláudio Gomes
Dezenas de atletas e um sonho, tornar-se jogador profissional. Com este objetivo, seis moças e 40 rapazes participaram de um peneirão, realizado na tarde deste sábado (17) pelo Vitória, no Estádio Carneirão, em Vitória de Santo Antão. Os candidatos passaram por um processo de avaliação com a comissão do time com o intuito de entrar para as categorias de base sub-15 e sub-17 do tricolor das tabocas.
Jovens de várias cidades participaram da seletiva. Alisson Mateus, estava com o pai, o vigilante Flaviano Luiz e a madrasta, a enfermeira Karina Meirelles, eles são de Camaragibe, na região metropolitana do Recife. “Se ele fizer pelo menos metade do que faz nas peladinhas que acompanho tenho certeza que será aprovado”, disse o pai confiante no sucesso do filho de 15 anos.
A maioria dos jovens é de Vitória de Santo Antão. Dentre eles, dois goleiros Mateus Horialle, 15 anos do Alto Cigano, goleiro desde pequeno. “Jogo desde pequeno, acompanhava meu pai nos campos de peladas e aprendi a agarrar bola, mas esta é a primeira seleção que participo, estou um pouco com frio na barriga”, contou.
Já Gabriel Gomes, 17 anos mora no bairro Ferreiros. “Participar dessa seleção é um grande passo para todos”, argumentou. As meninas também receberam oportunidade para mostrar seu talento. O time feminino do Vitória realizou avaliação para as candidatas que se apresentaram interessadas em jogar bola. Tanto o time masculino quanto o feminino, em campo, realizou testes de dinâmica, aquecimento técnico, condução de bola, chute e passo com bola.
As atletas que tiveram o primeiro contato com o Vitória são de várias cidades, como Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe. Maria Eduarda, 16 anos, é de Camaragibe e estava acompanhada da amiga, a também jogadora Nayara Cardoso que ficou torcendo na arquibancada. Maria Eduarda já fez parte do time juvenil do Sport Clube Recife e treinou em vários clubes.
A força de vontade e a determinação fizeram as irmãs gêmeas, Luana Fabrício e Larissa Fabrício, 17 anos saírem de Serra Talhada, no sertão do estado, para participarem da seletiva. “Já fiz teste em vários clubes inclusive no Paraná”, adiantou Luana. Já Larissa jogou, mas nunca num clube profissional. De acordo com o técnico Maurício Salgado, é fundamental que o candidato tenha vontade de jogar e mostre isso através de nossas dinâmicas. “há muitos jovens bons de peladas, mas quando chegam aqui ficam um pouco tímidos com a bola, por saber que estão sendo avaliados”, disse.
